O dia 16 de novembro de 1965 está marcado na história do Sport Club Corinthians
Paulista. Nesta data, o Timão teve a honra e o privilégio de
representar a Seleção Brasileira em um amistoso contra o Arsenal, em
Londres, na Inglaterra. Em meio à disputa do Campeonato Paulista, o
Alvinegro aceitou o convite da Confederação Brasileira de Desportos
(CBD, antecessora da atual CBF).
Apenas dois dias antes da disputa
em Londres, o Corinthians tinha um difícil compromisso pelo Estadual:
enfrentar o poderoso Santos de Pelé e cia. Por conta da viagem do Timão,
a partida foi antecipada em 30 minutos e o forte calor que fazia em São
Paulo se tornou mais um obstáculo para as duas equipes. O clube de
Parque São Jorge perdeu por 4 a 2 e partiu para a Inglaterra.
Do Morumbi, a
delegação corinthiana seguiu para o aeroporto de Congonhas. O primeiro
trecho da viagem foi feito entre São Paulo e Rio de Janeiro. Do segundo
aeroporto, o Galeão, o Timão embarcou para a capital inglesa onde,
apenas dois dias depois, enfrentaria o Arsenal.
© Divulgação/Nike
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Detalhe na gola da nova camisa contém um trecho do hino corinthiano |
Ao desembarcar
em Londres, o Corinthians sentiu o que seria a grande dificuldade de
toda a viagem e também do jogo: o frio. 'Jogamos no domingo contra o
Santos. Estava muito quente. E o calor foi maior porque anteciparam a
partida para que pudéssemos viajar. Chegando em Londres, nos deparamos
com um frio gigante e estávamos apenas de terno e camisa. Não estávamos
preparados para uma temperatura tão baixa como aquela', comentou José
Teixeira, preparador físico do Timão naquela ocasião.
Com pouco tempo
de descanso e adversários, como o frio e o fuso horário, o Corinthians
não foi capaz de repetir as boas atuações que vinha apresentando no
Campeonato Paulista de 1965. Naquela ocasião, nada conseguiu aquecer os
jogadores corinthianos, que foram derrotados por 2 a 0. Aos 8min do
primeiro tempo e aos 25min do segundo, Sammels anotou os dois gols do
Arsenal.
'Estava
um frio danado. O (Oswaldo) Brandão era o treinador. Meu pé não sentia a
bola. No intervalo, falei para o Brandão e nós tomamos conhaque. Não
esquentou e nem ficamos bêbados (risos)', disse Rivellino. 'Mesmo com o
frio e com a derrota, foi bonito porque representamos o Brasil,
jogamos com a camisa da Seleção Brasileira. Justamente esta azul, que a
Nike lançou agora para o Corinthians', completou o Reizinho do Parque.
© Divulgação/Nike
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Mosqueteiros vestirão o novo manto pela primeira vez na partida contra o Bahia, neste domingo (07) |
Após o término da partida, a delegação alvinegra ainda recebeu uma visita especial.
'Quando terminou o jogo, os dois times ficaram nos vestiários
conversando e, então, recebemos a visita do Príncipe Philip. Ele iria
ficar só meia hora com a gente, mas quebrou o protocolo e permaneceu
duas horas falando com os jogadores do Corinthians e do Arsenal', disse
José Teixeira, que ainda lembrou de outra história curiosa.
'Na súmula da
partida, quem aparece como treinador sou eu. Mas só assinei como técnico
porque o Brandão não tinha diploma. Quem comandou a equipe naquela
ocasião foi ele mesmo. Eu só assinei a súmula porque eu tinha o diploma
de treinador', completou Teixeira.
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